(Janeiro 31, 2023) Em 2013, quando Ambati Prudhvishwar Reddy começou a praticar na Europe Basketball Academy (EBA) em Barcelona, Espanha - suas habilidades acrobáticas, agilidade, movimentos rápidos e trabalho em equipe - lhe renderam muitos admiradores entre atletas profissionais e treinadores, quase instantaneamente. Um deles, em particular, foi o treinador principal da academia, Srdjan Premovic, que apresentou a Prudhvishwar uma 'vida de basquete' em seu verdadeiro sentido, repleta de treinamento intenso e uma rotina de condicionamento físico difícil, que melhorou seu jogo. Tanto é assim que quando o jovem jogador de basquete o informou que não tinha dinheiro para continuar na EBA, três meses após sua chegada, Premovic não apenas o ajudou a continuar na academia por um ano, mas também comprou suas passagens aéreas de volta para casa quando Prudhvishwar foi selecionado para jogar no time de basquete indiano!
“Ao deixar a Espanha, prometi ao meu treinador que nunca o decepcionaria, aconteça o que acontecer. Cumpri minha palavra”, sorri Prudhvi, como é conhecido no meio do basquete, em conversa exclusiva com Índio global. Com 6.2 de altura, o jogador profissional de basquete deixou a Índia orgulhosa em vários torneios nacionais e internacionais. Representando o estado de Telangana quatro vezes, jogando pela escola preparatória Christian Life nos Estados Unidos, sendo selecionado entre os dois melhores jogadores da Índia e indo aos Estados Unidos mais uma vez para o UBA - a lista de suas conquistas é realmente longa. “Treinar na Espanha foi muito difícil e foi o ponto de virada na minha vida. Treinar com atletas e técnicos altamente profissionais me tornou o que sou hoje”, diz o jogador de basquete de 27 anos.
Drible duplo
Nascido em Siripuram, distrito de Nalgonda em Telangana, Prudhvi estudou na Niraj Public School em Hyderabad e depois foi para o St. Mary's College, Yousufguda. Enquanto sua mãe, A Upendra Reddy, trabalhava como professora de PT na mesma escola, seu pai, A Ravinder Reddy, está no negócio. Quando crianças, ele e seu irmão Rajasekhar Reddy, agora engenheiro mecânico nos Estados Unidos, adoravam jogar críquete e costumavam treinar regularmente. “Naquela época, eu queria ser jogador profissional de críquete”, conta Prudhvi, que logo abandonou o esporte para ter um desempenho acadêmico melhor.
Na escola, Prudhvi era uma criança entusiasmada que sempre queria correr e brincar. “Seja em qualquer esporte, eu tinha esse espírito competitivo em mim para vencer o jogo”, diz Prudhvi, que ganhou o prêmio de melhor esportista da classe 10. O evento foi memorável, pois foi sua mãe, professora de PT, que entregou sobre o prêmio. Academicamente também, ele teve um bom desempenho, tendo passado na classe 10 (conselho do ICSE) com 81 por cento.
Anos depois, quando seu irmão estava começando a treinar basquete, após muita insistência de sua mãe, que achava que praticar o esporte o deixaria alguns centímetros mais alto, Prudhvi decidiu que ele também faria o mesmo. Além disso, ele sentiu que seu físico atlético era mais adequado para o basquete. Quando completou 16 anos, Prudhvi estava fazendo todos os movimentos certos na quadra de basquete. Não um, ele estava indo para três lugares diferentes em Hyderabad para treinar.
O jovem esportista criava regularmente vídeos dele jogando basquete e os carregava no YouTube. Um técnico da EBA chegou a entrar em contato com Prudhvi depois que ele viu seus vídeos. Mas naquela época, o jogador de basquete em ascensão não estava disposto a desistir de sua educação e viajar para a Espanha para treinar.
Quando as coisas ficam difíceis…
De volta para casa, Prudhvi não conseguiu passar pelo processo de seleção nos campos de basquete indianos. “Percebi que o treinamento que recebia naquela época não era bom o suficiente para ser selecionado para a seleção indiana. No ano seguinte, resolvi ir para a Espanha para me profissionalizar”, conta Prudhvi, que estava entre os 16 melhores do país escolhidos pela UBA (United Basketball Alliance) para visitar os Estados Unidos após a segunda e terceira temporadas, onde teve média 20 e 25 pontos por jogo.
Ele partiu para a Espanha logo após seus exames EAMCET. “Meu pai concordou com isso no momento em que lhe contei sobre a Espanha. Reunimos todas as informações necessárias, juntamos o dinheiro e partimos para a Espanha. Este foi o início da minha jornada no basquete”, informa o profissional de basquete.
Na EBA, Prudhvi estava nas melhores mãos. Mostrando seu talento desde cedo, o técnico da EBA, Srdjan Premovic, colocou Prudhvi sob suas asas e ele não perdeu tempo em captar as nuances do jogo. “Jogar com alguns dos melhores profissionais de basquete de todo o mundo e as melhores instalações foi algo que senti falta na Índia. Fez muita diferença”, destaca Prudhvi, cujo treinador o admirava pela “fome de jogo”.
Ele se destacou como armador no jogo, cuja função principal era facilitar as oportunidades de gol para o time. Um armador tem o papel mais especializado de qualquer posição e deve comandar o ataque do time controlando a bola e garantindo que ela chegue ao jogador certo na hora certa. “O meu treinador desafiava-me sempre e dava-me 10 euros se fizesse mais pontos. Ele costumava me empurrar com mais força. Sigo até hoje o que aprendi lá”, lembra Prudhvi. Quando se tratava de jogadores de basquete indianos, o técnico Premovic descrevia Prudhvi como “um dos melhores materiais para se trabalhar”.
Ao retornar à Índia, Prudhvi alcançou o sucesso no campeonato da Associação de Basquete do Sul da Ásia (SABA) de 2014 em Bengaluru. Mais tarde, seu jogo foi notado pelo técnico da Christian Life Academy em Houston, Texas, onde passou mais um ano de treinamento intenso. Para Prudhvi, jogar nos Estados Unidos foi uma experiência diferente em relação à Espanha. “Na Espanha, era principalmente treino, enquanto nos Estados Unidos, eu representava uma escola preparatória onde tínhamos jogos durante o ano e era tudo uma questão de desempenho”, diz Prudhvi, cujas experiências e exposição no exterior o ajudaram a melhorar muito seu jogo.
Enquanto estava nos Estados Unidos, ele também trabalhou para um mexicano como designer de interiores, onde costumava projetar quartos em seus heróis favoritos ou temas esportivos. “Eu costumava ir aos jogos da NBA onde conheci o jogador da NBA Tyler Ulis, que jogava no time Suns do Phoenix”, diz o profissional. Tyler é um treinador de basquete profissional americano.
Escalando novas alturas
Com a United Basketball Alliance (UBA) fazendo incursões na Índia, sua carreira recebeu um grande impulso. Prudhvi foi selecionado pelo Mumbai Challengers em um contrato anual na segunda temporada do UBA.
Então, o que faz um bom jogador de basquete? Prudhvi diz que são necessários anos de trabalho árduo e consistência para qualquer atleta se destacar nos esportes. Quanto ao basquete, é preciso um bom treino e rotina. “Ter uma boa alimentação, comer na hora certa, malhar e praticar regularmente é fundamental”, ressalta.
Falando sobre seus planos futuros, o jogador de basquete diz: “Bem, acabei de realizar meu sonho de abrir minha academia de basquete em Hyderabad. Assim como o EBA, consiste em tudo que um jogador de basquete precisa, incluindo academia, reabilitação esportiva, fisioterapia, banho de gelo, hidroterapia e recuperação. É a primeira academia desse tipo na Índia”, sorri Prudhvi, radiante, acrescentando que seu objetivo é educar as pessoas de que existe uma vida e uma profissão no basquete.
Como ele está ocupado com o basquete a maior parte do dia, ele faz questão de assistir aos destaques da NBA sempre que tem tempo. “Caso contrário, passo tempo com os amigos”, diz ele.
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