(Abril 26, 2024) Quando ela perdeu o pai, aos 15 anos, em um acidente de carro, a única motivação que a fez continuar foi o desejo dele de que ela se tornasse uma grande dançarina. Vivendo seu sonho, Aparna Satheesan, dançarina clássica e coreógrafa indiana de 32 anos, ganhou vários prêmios ao longo dos anos. Natural de Thiruvananthapuram, radicado nos EUA há 10 anos, Aparna é especialista em sete formas de dança clássica indiana, incluindo Bharatanatyam, Mohiniyattam, Kuchipudi, Kathakali, Ottam Thullal e Kerala Nadanam. “Minha mãe adorava dançar, mas meus avós não permitiam que ela aprendesse. Então, ela queria que eu treinasse dança clássica”, conta Aparna durante entrevista ao Índio global.
A bailarina, que recentemente recebeu o prestigiado Prémio Nacional Abhinandan Saroja 2021 do Instituto Nacional de Dança Clássica Indiana, acredita que a sua carreira, que se estende por 25 anos, tem sido feliz. “Sou abençoado por ter aprendido com vários dançarinos eminentes, incluindo Regatta Girija Chandran, Padma Bhushan Dhananjayans, Smt Vyjayanthi Kashi, Sri. Nelliyodu Vasudevan Namboothiri, Smt. RS Lekshmi e Smt. Chithra Mohan”, acrescenta ela.
Jovem prodígio
Iniciando sua jornada com a tenra idade de três anos, a dançarina conta que quanto mais ela entendia as formas da dança clássica indiana, mais queria aprender. Crescendo com uma irmã mais velha em Kerala, Aparna diz que sua família foi seu maior apoio ao longo de sua vida. “Meu pai, especialmente, sempre foi encorajador e solidário. Mal posso expressar o quão feliz ele ficaria me vendo atuar no palco. Infelizmente, perdi-o muito cedo”, conta Aparna.
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Tendo ganhado vários prêmios desde muito jovem, a brilhante dançarina também trabalhou como piada em vídeo nos principais canais de televisão durante seus anos de escola e faculdade. “Tive uma infância agitada, além da escola e das aulas regulares de dança, também apresentei vários programas para canais como AsiaNet, Soorya TV, Kairali e AsiaNet Plus. Também trabalhei brevemente como radialista e até mesmo como dublador de filmes em malaiala”, conta Aparna.
Mudança para os Estados
Em 2011, após terminar a graduação, Aparna mudou-se para os Estados Unidos da América para cursar mestrado em Engenharia de Software, na Ball State University, Indiana. No entanto, nos Estados Unidos as pessoas não sabiam muito sobre as formas de dança clássica indiana. “Eles pensavam que a dança de Bollywood era clássica indiana”, ela conta. Para divulgar a cultura indiana, Aparna decidiu participar dos eventos da Universidade. E a partir daí começou sua jornada de busca profissional pela dança.
“Enquanto estive na Universidade, tive diversas oportunidades de atuar e ganhei diversos prêmios. Embora eu fosse formado, tive certeza de que não poderia sair do palco nunca. Então, comecei a coreografar minhas apresentações com uma mistura de diversas formas de dança, o que foi muito aplaudido. Mais tarde, pude até colaborar com muitos artistas. Minha primeira produção de dança “Krishna”Foi estreado no evento The Sangam, organizado pela Eli Lilly Corporation, Indianápolis. Desempenhei o papel principal como Krishna, o que foi muito apreciado pela comunidade artística”, diz ela.
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Com a ideia de retribuir à sociedade, Aparna fundou uma organização sem fins lucrativos Fundação Samyoga Índia, em 2015, em memória de seu falecido pai. “A Princesa de Travancore inaugurou a fundação, Sua Alteza Aswathi Thirunal Gowri Lakshmi Bayi. Realizamos vários eventos de arrecadação de fundos para o bem-estar da sociedade no âmbito do projeto “Transformando a Vida através da Dança” na Índia e no exterior desde 2015. No entanto, não conseguimos organizar nenhum evento nos últimos dois anos devido à pandemia.”
O show continua…
Vivendo feliz com o marido, Hari, e um filho de um ano, em Indianápolis, Aparna se prepara para uma apresentação – Amma – que ela considera muito cara ao seu coração. “Sou mãe pela primeira vez, então entendo que a jornada não é toda alegre. Uma nova mãe também luta para lidar com a nova fase de sua vida. Ela lida com muitas mudanças de humor, solidão, raiva e irritabilidade. Embora sempre mostremos o lado feliz da maternidade, muitas vezes deixamos de lado essas coisas. No entanto, eu queria destacá-los também. A produção de dança de 45 minutos estreará em Atlanta no verão. Estou muito entusiasmada com isso”, conta a dançarina, que gosta de viajar e ler no pouco que consegue entre os treinos de dança e as brincadeiras com o filho.
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