Lima, Peru, CEP: 15047
Morar em Lima tem sido uma jornada, cheia de descobertas e crescimento. Sete anos atrás, mudei para cá para trabalhar na indústria têxtil, e o que começou como uma decisão profissional evoluiu para uma experiência que enriqueceu minha vida de maneiras que eu nunca imaginei. Estabelecer-me em Barranco, um dos bairros populares para expatriados em Lima, me deu uma perspectiva única sobre a cidade e me levou a aproveitar o pulso criativo deste lugar.
Barranco se tornou meu santuário nesta cidade extensa. Desde o início, fui atraído por sua atmosfera criativa, onde as ruas são alinhadas com murais coloridos, cafés da moda e galerias de arte. Morando aqui, pude me conectar com artistas e designers locais, e frequentemente me inspiro na estética peruana – ela combina muito bem com minha formação em têxteis. Caminhando pelo bairro, sinto como se estivesse em uma galeria viva e pulsante.
Lima tem muito a oferecer, e eu me apeguei a alguns lugares especiais que me dão um gostinho de sua rica história e cultura. Huaca Pucllana, uma pirâmide pré-inca, é uma das favoritas. De pé ao lado de suas antigas muralhas, muitas vezes me lembro da história intrincada que permeia esta terra. É humilhante pensar nas civilizações que prosperaram aqui muito antes da minha.
Outro lugar que adoro é o Museo Larco, um tesouro da história peruana. A coleção de cerâmica e artefatos do museu abre uma janela para as culturas indígenas do Peru, e seus jardins exuberantes são o lugar perfeito para relaxar com uma xícara de café. Há também o Parque Kennedy, um parque animado onde posso pegar um lanche de vendedores locais e observar os moradores se reunindo, sua energia enchendo o ar. A atmosfera do parque me lembra do espírito comunitário com o qual cresci na Índia.
Os museus de arte de Barranco também se tornaram paradas regulares. Adoro visitar o MATE Museo Mario Testino e o Museo de Arte Contemporáneo (MAC). O museu MATE exibe a fotografia de Mario Testino, um compatriota peruano, e estou constantemente inspirado por sua perspectiva sobre o mundo. No MAC, posso mergulhar na arte latino-americana contemporânea, que ressoa comigo em um nível pessoal. Esses espaços alimentam minha criatividade, especialmente quando estou projetando novos tecidos que misturam elementos peruanos e indianos.
Depois de um dia agitado, uma das minhas maneiras favoritas de relaxar é visitar o Circuito Mágico del Agua no Parque de la Reserva. Este parque de fontes é hipnotizante à noite, com cada fonte oferecendo seu próprio show de luzes. Observar famílias e casais interagindo com as exibições traz uma sensação de alegria e comunidade que eu amo. São momentos como esses que me lembram da beleza do ritmo mais lento e comunitário de Lima – algo que passei a apreciar profundamente depois de morar aqui.
Quando quero uma pausa da cidade, vou para as ruínas de Pachacamac, nos arredores de Lima. Este antigo local, cercado por deserto costeiro, é pacífico e intrigante. Caminhando por seus templos e ruínas, sinto-me conectado à história que está entrelaçada na paisagem do Peru. É uma fuga perfeita, me dando uma sensação de equilíbrio e calma.
Viver em Lima como indiano tem sido sobre encontrar um equilíbrio entre dois mundos. Todos os dias, lembro-me de que o lar não é apenas de onde você vem, mas também onde você encontra significado e conexão.
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